Essas fases não se destinam a ser vinculadas inexoravelmente à idade cronológica, pois algumas mulheres aos oitenta anos estão, em termos de desenvolvimento, no início da mocidade; algumas mulheres aos quarenta estão no mundo psíquico dos seres da névoa; e algumas de vinte anos têm tantas cicatrizes quanto velhas enrugadas e idosas. Não se pretende que as idades tenham um sentido hierárquico, mas que simplesmente pertençam à consciência da mulher e à expansão da vida da sua alma.
Cada idade representa uma mudança de atitude, uma mudança na atribuição de tarefas e uma mudança nos valores.
0-7 idade do corpo e do sonho/socialização, mantendo, porém, a imaginação
7-14 idade da separação bem como do entretecimento da razão e do imaginário
14-21 idade do novo corpo/início da mocidade/desdobramento da sensualidade, apesar de protegida
21-28 idade do novo mundo/nova vida/exploração dos mundos 28-35 idade da mãe/aprendizado de ser mãe para os outros e para si mesma
35-42 idade da procura/aprendizado de ser mãe do self/procura do self
42-49 idade da velha precoce/descoberta do acampamento distante/transmissão de coragem aos outros
49-56 idade do outro mundo/aprendizado dos termos e dos ritos
56-63 idade da escolha/escolha do próprio mundo e do trabalho ainda a ser feito
63-70 idade da transformação em sentinela/reformulação de tudo que se aprendeu
70 - 77 idade do rejuvenescimento/mais velhice
77 - 84 idade dos seres da névoa/mais descobertas do que é grande no que é pequeno
84-91 idade de tecer com o fio escarlate/compreensão da trama da vida
91-98 idade do etéreo/menos a dizer, mais a ser
98-105 idade do pneuma, da respiração
105+ idade da atemporalidade
(Mulheres que correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés)