Existem pessoas que têm dificuldades em pedir ajuda, mesmo passando por uma crise. Isso não é um defeito, elas têm motivos fortes e emocionais para não fazê-lo. É possível oferecer ajuda, do jeito que ela aceita, de maneira eficaz, e se sente bem recebendo; caso você realmente quiser ajudar, sem tentar mudar essa pessoa, criticar, reprovar ou dar lição de moral. O mundo já tem críticos demais e você pode ser uma pessoa valiosa, que pratica a empatia extrema, sem cobranças.
Para ajudar, você precisa ser bem intencionada(o), preparada(o) e confiável. Considere a possibilidade do seu jeito não funcionar para ela e não tente impô-lo, criticar ou comentar. É necessário respeitar o mundo emocional dela e tente olhar o mundo com a perspectiva dela. Aplicar a empatia extrema: se colocar no lugar do outro, do jeito que o outro funciona, não do seu jeito. Os resultados irão te surpreender! Você se sentirá muito melhor e mais gratificada(o) por ter contribuído para a felicidade de alguém.
- Para as pessoas que vivem no mundo da mente (lua): racionalização, lógica e imaginação, tem medo de rejeição. Vê o mundo como uma equação matemática. Não toma decisões a partir de sentimentos. Demonstre que você se intressa, valoriza e respeita o jeito diferente que ela vê o mundo, a vida e a situação que ela está enfrentando. Diga que você está tentando entender o que ela está “pensando” sobre isso tudo. Não tente tirá-la do mundo dela (mental). Você só pode opinar depois de entender o cenário na cabeça dela Não tente colocar colocar sentimentos na cabeça dela, tocar nela ou demonstrar que ela está te incomodando por precisar da sua ajuda ou por ser diferente de você. Se você não valoriza as ideias dessa pessoa não conseguirá entrar no emocional dela, não será benvinda. Essa pessoa será evasiva ou ácida para te afastar. Ela prefere rejeitar do que ser rejeitada.
2. Para as pessoas intensas, que tem muito medo de serem abandonadas e têm sentimentos à flor da pele. Praticando empatia extrema conseguirá que essa pessoa aceite a tua ajuda. Perguntando como ela está se sentindo diante daquela situação. Mostre que você dá valor a como a pessoa se sente e está querendo ajuda-la a se sentir melhor. Se você permite que a pessoa chore e pede para falar mais sobre a situação, ela se sente muito segura. Depois disso a pessoa consegue raciocinar melhor e você poderá dar ideias, dicas e mostrar como pode conseguir fazer aquilo que não estava conseguindo. Plantando as ideias e testando as reações emocionais a elas. “E se você fizesse de tal jeito...?” Pede para imaginar e sentir ao mesmo tempo.
3. Para pessoas que tem medo de serem manipuladas e por isso demoram em confiar. Para conseguir ajudar esse tipo de pessoa nunca peça nada em troca e a pessoa tem que ter a opção de não aceitar essa ajuda (continuando no controle). Colocar-se como alguém que pode ser útil sem interesse. Não valorize muito a ajuda que está oferecendo, nem demonstre o esforço que terá que empenhar para ajudar. Essa pessoa tem que ter certeza que não aparecerá uma fatura (simbólica) para pagar depois. Não tente saber como está se sentindo (por que não deseja se expor para não se tornar vulnerável) ou como você se sente com isso, apenas do que está precisando. Depois que ajudar essa pessoa, esqueça o que fez por ela. Qualquer comentário com ela, ou com outra pessoa sobre essa ajuda, pode parecer uma cobrança. Quando essa pessoa pede ajuda ela negocia e sabe o que tem que dar em troca, menos um cheque em branco ou uma fatura em forma de expectativas misteriosas. Se você aceitar a recusa e estiver disponível quando e se a pessoa precisar, isso pode gerar proximidade.
4. Para a pessoa que tem medo de se abrir, se expor e ser humilhada, por isso tem dificuldade em confiar. Ela tem força e resiliência e pensa que pode suportar a situação problemática mais um pouco, seu ritmo é mais lento e é mais leal. Você tem que se tornar alguém muito confiável para acessar o mundo emocional dessa pessoa. Demonstrar que não vai expô-la e que tem capacidade para ajudar. Precisa explicar detalhamente o processo de ajuda que vai oferecer, não exija velocidade, para que a pessoa avalie se realmente a ajuda vai funcionar e se sentir segura, porque se houver alguma falha a própria pessoa se sentirá culpada. Esse não é um bom momento para falar de sentimentos, só quando tudo já estiver resolvido. Não exija que se abra ou o critique na frente de outra pessoa. É mais fácil a pessoa compartilhar detalhes técnicos, práticos e operacionais da situação, de início. Dê sua opinião sempre como sugestão, mas nunca como imposição, jamais na frente de outras pessoas.
5. Pessoa de caráter rígido e perfeccionista, que também é rápida e eficaz. É a que tem mais dificuldade para pedir ajuda. Precisará de muito respeito, discrição e disposição para ajudar. Enxerga o mundo onde ela está sendo comparada com alguém e sempre corre o risco de perder e ser excluída da relação. Mesmo que não consiga fazer algo e admita para si mesma o fato, é diferente de expressar essa situação e menos ainda pedir ajuda. Sempre vai tentar esconder sua vulnerabilidade até que ela mesma consiga superar, sem precisar de ninguém ou deixar qualquer pessoa saber que ela tinha aquela dificuldade, deficiência ou fragilidade. Odeia ser criticada, principalmente na frente de outras pessoas. Mostre que pode conseguir o que ela quer sem dizer o que ela precisa melhorar nela (evoluir em algo que não seja suficiente). Concentre sua atenção nos fatos e desafios e não na maneira de ser dela. Jamais a compare ela com ninguém. Foque no que precisa ser feito e que ficará entre vocês. Nunca faça comentários de outras pessoas para ela, senão ela vai pensar que você fará o mesmo em relação a ela. Você tem que se apresentar como alguém confiável, que não está competindo com ela ou a avaliando. Ela demonstra a gratidão com atitudes.
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