É a reativação de uma Filosofia de vida que foi chamada por muitos de “Sagrado Feminino”. O Sagrado Feminino é um estilo de vida  que vem sendo adotado pelo público feminino há milênios, mas somente agora está realmente se ‘fortalecendo’. O Sagrado Feminino oferece ensinamentos sobre o corpo da mulher, o seu emocional, os ciclos femininos físicos e psíquicos, orienta como a mulher pode re-harmonizar-se, integra-se com a natureza e com o plano espiritual.

Sagrado Feminino é um resgate e ao mesmo tempo uma reorientação de uma sabedoria natural e antiga que reintegra aos valores do feminino como um todo, no campo social, pessoal, psicológico, religioso, espiritual, cultural, educacional, etc além de um encontro com uma consciência ecologicamente e eticamente correta.

O movimento do Sagrado feminino começou a se fortalecer devido a uma urgência de mudança na percepção de mundo que ficou muito restrita a uma visão masculina e, por causa da exclusão e repressão do feminino, acabamos por vivenciar fortemente um masculino negativo. Essa visão exclusivista levou a perda dos valores femininos, aqueles relacionados ao cuidado, saúde integral, educação, relacionamentos, ‘comunidade’, união, ecologia,  arte, espiritualidade natural etc.. acabando por se valorizar e se priorizar apenas questões de aparência, dinheiro, economia, poder externo, imperialização que gera guerras, discórdia, competição, exploração de pessoas e da natureza. A prioridade acabou ficando focalizada no exterior, no material e físico esquecendo o interior, a alma e enfim, o espiritual, a consciência.

Neste caminho também se destaca o movimento feminista que buscou reintegrar a mulher nas decisões da sociedade, estabelecer seus direitos como ‘humana’ promovendo seu poder na sociedade, com o seu direto a voto, e outros direitos de igualdade. Assim elas voltaram a fazer parte da política, da economia, da arte e cultura etc, um direito retirado há tempos pelo patriarcado, porém a influência dessa ‘percepção’ masculina carrega suas marcas até hoje.

As mulheres que procuram, ou melhor são atraídas para o sagrado feminino, muitas vezes são aquelas que sentem um chamado interior ou até mesmo um sentimento de ‘saudade de ser uma verdadeira mulher feminina’. Ela não se satisfaz mais com a rotina, as tendências de moda, de trabalho, de regras de um ‘falso feminino’. Algo lhe falta, algo em seu interior e isso logo ocorre em todas as mulheres. É um auto chamado com sua essência, com suas verdades e sua plenitude que se inicia integrando com sua mestra, sua guia interior: sua deusa ou shakti (princípio feminino) interior. Porém, devido a familiaridade com as crenças do patriarcado, as vezes a mulher não consegue, de início entender o que isso realmente significa.

O sagrado feminino é a espiritualidade feminina e não é dependente de nenhuma antiga, presente ou futura religião, mas pode e deveria estar integrado a todas as religiões. O Sagrado Feminino ou a espiritualidade feminina não tem dogmas, regras ou crenças religiosas ou morais (mas tem ética natural) das quais se precisa acreditar e cumprir. o ideal é que se acredite na feminilidade sagrada existente em todas as mulheres, mesmo que ela tenha reprimido-a muito, mesmo que ela siva o patriarcado. entro dela há a ‘feminilidade essencial’. Por isso a mulher deve aprender a escutar sua própria voz (a vós de sua guia, mestra ou deusa interior) e seguir esse poder interior. O próprio ‘feminino essencial’ integra todos os arquétipos femininos e seus subarquetipos, mesmo que um ou alguns poucos sejam os mais proeminentes definindo a personalidade da mulher. Estes arquétipos são externalizados, manifestados, muitas vezes como ‘divindades’ femininas.

Quando a mulher passa a enxergar em si essa manifestação da própria Mãe Terra, Mãe Natureza, o arquétipo da geradora e nutridora, ela percebe em si os ciclos iguais aos da terra, entende e fica receptiva a grande energia criativa e fértil que flui no corpo e na mente. Isso começa mudar sua consciência, sua auto confiança, auto estima e seu poder interior. Esta é a grande força do sagrado feminino, fazer emergir a essência, redescobrir a história, a cultura, a sabedoria e poder ancestral esquecido. Fazer a mulher se familiarizar com a essência divina interior, compreendendo e aceitar os ciclos naturais do seu corpo, sua mente e sua alma.

As mulheres que seguem essa antiga e eterna tradição ou ‘sabedoria natural’ que inclui intuição, cura, interação, energias cíclicas de criação, sustentação e transformação, conexão com as forças da natureza,poderes e consciências superiores; quebram os padrões e realinham-se suas raízes e ao proposito superior da feminilidade auxiliando e promovendo a cura do planeta e do coração humano, auxiliando nessa nova vibração e ciclo evolucionário planetário.

A mulher integrada a sua feminilidade sagrada age sabendo que ela e todos fazem parte de uma mesma teia planetária e cósmica.  O uso de rituais, consagrações, simbologia ou mitologia, pode ajudar algumas mulheres a conectarem, manterem e potencializarem sua conexão com esta rede, porém cada mulher, desde que bem conscientes, podem seguir suas próprias práticas e chegam ao seu encontro profundo da forma que mais se sentirem a vontade. Com o reconhecimento da feminilidade sagrada, esta mulher percebe a necessidade de estar reunida a outras para que, juntas, possam realizar os propósitos mais superiores. Desta forma ela é atraída pela energia poderosa do feminino sagrado, de shakti que une as mulheres mais conscientes que, aí sim com práticas muito conscientes e poderosas poderão transformar o mundo externo e ajudar a transformar o mundo interno.

O reencontro com a guia, a mestra ou deusa interior, ou seja, com o sagrado feminino, a feminilidade sagrada ou essencial é uma tradição natural herdada por todas as mulheres, mesmo que elas ainda neguem ou distorçam. É o sexto sentido ‘feminino’, a inspiração, é canção divina, o chamado para a ‘magia’ pura, a premonição, o poder de um oráculo, o poder de cura, de autotransformação, a luz, o calor, o impulso de totalidade, de plenitude.

O reconhecimento do Sagrado Feminino ou feminilidade essencial é uma responsabilidade e um presente às mulheres para que reencontrem sua essência ancestral e profunda conexão com os arquétipos, as faces, ciclos e energias da Grande Mãe, Irmã, Companheira e Sacerdotisa Divina.

As mulheres não precisam se desligar do mundo tecnológico, das rotinas ou da familiaridade convencionais, mas precisam se apegar tanto a ele, não deveria entregar-se mais a ele . Não deveriam realmente viver de aparência, de convencionalismos, de manipulações e sim  reencontrar a si próprias, se interiorizando, percebendo melhor seus instintos, suas verdadeiras vontades e seus ciclos femininos. Isso ajudará a reintegrar uma nova consciência.

Esse despertar para a consciência de si mesma inicia e fortalece a transformação da supremacia patriarcal (radical) – repressora e cheia de regras, de convencionalismos, de exploração, manipulações, destrutividades – para a um mundo mais afetivo, criativo, artístico, unido, espiritual, confraterno. Este mundo não é o mundo matriarcal, mas o mundo onde feminino e masculino se completam, onde o melhor de um se integra ao melhor do outro.

A mulher pode reconhecer, naturalmente, sua essência feminina, sua guia, mestra ou deusa interior. Pode acontecer após diversas vivências espirituais, mas, no mundo complexo e cheio de muitas influências negativas patriarcais, isso não é algo muito comum. Assim, o conhecimento sobre a Sabedoria e Práticas do Sagrado Feminino pode ser conseguido através de livros, cursos e, principalmente a vivência em “círculo de mulheres”, onde é possível realizar praticas especiais da feminilidade sagrada. Quando em contato com essa verdadeira sabedoria, as mulheres vivenciam um percepção diferente e muito mais ‘verdadeira’ sobre si mesmas, tanto em seu corpo físico, como emocional e mental, a sintonia com seus ciclos e com seus papeis no mundo (com a família, com o companheiro, com o trabalho, como cidadã etc). Vive-se uma constante veneração às ‘Deusas’ (e Shaktis) internas.

No Sagrado Feminino, mulheres de todas as culturas, religiões e crenças aprendem a se desvincular de padrões de beleza e regras pré-estabelecidas pela sociedade. Elas descobrem como se amar exatamente como são em essência, seu vínculo com a mãe terra, com o mundo espiritual e passam a se enxergar como verdadeiras deusas e sacerdotisas. Isso é claro, mas foi esquecido….. pois o poder de gerar, de parir, de nutrir, o poder de amar incondicionalmente, o poder de intuir são poderes naturais das mulheres.

Nesta filosofia de vida do sagrado feminino, as mulheres passam a entender e reintegrar-se aos seus ciclos naturais (a puberdade, a maturidade e sexualidade, ao amor, a gestação, o parto e a nutrição e educação dos filhos). Há uma maior aceitação e reconhecimento da naturalidade feminina coisas, seu histórico de vida, vontades e capacidades. Aprendendo a se conhecer de forma mais profunda e a aceitar os acontecimentos da vida e a si mesma, as feridas começam a ser curadas e as mulheres passam a ser mais felizes, amáveis e únicas. No entanto, não são induzidas a serem radicais ao viver esses períodos ou exercer determinadas funções.

Você descobre, então, que ser mulher não significa ter um parto natural, amamentar ou se sentir bem na própria pele quando está grávida. Na verdade, o objetivo é entender como você traz seu amor e feminilidade para todas essas fases da vida.

Não basta nascer mulher, nascer com um corpo de mulher, tem que trazer o poder dessa essência feminina.

femininas. ‘A verdadeira mulher se descobre interiormente, e segue o caminho plenamente consciente de si. Ela tem desperto o poder interior, sua energia interior, sua essência, suas virtudes e o reconhecimento e aceitação das suas sombras. Quando uma mulher é sincera consigo mesma, se descobre por inteira até mesmo suas sombras e aprende a lidar com amor com elas, então essa mulher irradia luz, carisma, força, que beneficia ela mesma, e todos que estão ao seu redor. ‘

Para ser uma mulher assim, então está na hora de descer ao seu mundo avernal, ao seu mundo inferior, ou seja, vai se encarar como realmente é. Realize a prática de Perséfone, e a faça hoje, não se suborne não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, a vida não nos dá tempo para nos deixar de segundo plano.

O Sagrado Feminino evoca a concepção de que a Divindade está também na vida manifesta, na matéria, em toda a natureza, nos animais, nos ciclos da natureza, nos seres humanos e na sexualidade. O Sagrado Feminino, propõem uma reverência para toda a manifestação de vida e uma comunhão com a Divindade por meio das experiências pessoais verdadeiras, dos processos de crescimento, em todos os ciclos de vida, trazendo de volta a percepção de que toda forma de vida faz parte de um todo.

O momento que estamos vivendo passamos por uma ameaça de extinção por desrespeito a vida, ao divino da vida. Resgatar  o aspecto Sagrado do Feminino numa atitude de reverência e respeito com o meio em que vivemos e com as relações é simplesmente algo urgencial.
Os sistemas espirituais patriarcais deixaram de lado a teia da vida e negaram a percepção de que cada pequeno organismo com sua essência tanto masculina como feminina são interligados entre si e com a Origem, a Grande Verdade, pois não há espírito sem matéria, e matéria sem espírito.
As mulheres  têm um papel fundamental quando, através de sua natureza essencial, ela tem acesso fácil a essa energia, na medida em que se fortalece e se nutre dela. A mulher começa a fazer isso se conectando a natureza: plantas, árvores, pedras, cristais, minerais, a própria terra  (o barro, a argila), também aos animais e ao próprio humano estabelecendo o cuidado, o carinho, a conexão interior, a união.  Ela também faz isso quando se conecta com seu corpo, respeitando seus ciclos de vida, aceitando-os, e também reintegrando-o a essência feminina, através das danças de cunho feminino (geralmente ancestrais), da música (e instrumentos) ancestral que liga seu corpo a natureza. Também se reconecta através dos verdadeiros mitos, não os mitos e contos deturpados e manipulados pelo patriarcado. A conexão também refere-se a respeitar  os ciclos internos e externos, as estações (e meia estações), as lunações, a relação com astros e estrelas, a relação com os elementos (terra, água, fogo, ar, éter-espaço/tempo) e om os ‘arquétipos’, os princípios do feminino. Tudo isso está interligado, assim quando se abre, se torna receptiva e inicia o caminho se conectando a uma destas ‘forças’ inicia-se um processo de conexão com tudo e todos, mas precisa querer, precisa estar receptiva, generosa e ter muita gratidão a tudo e a todos e ao Todo.

O corpo, a natureza, os instintos são guias, assim como outras mulheres que isso já encontraram também podem ser guias, e um grupo de mulheres que buscam a essência, sem elevar seu ego, também é um guia. Um círculo de mulheres é uma ação efetiva, um círculo que faz lembrar e reconectar de poder feminino, o lugar Sagrado no mundo. Recordar e reintegrar os dons, a natureza circular de união,  nutrição e cura, cura da alma.

Para reconectar o sagrado, cada mulher pode, individualmente,  praticar observando suas experiências de vida e escolhas a partir delas, seus sonhos e intuições e também sua ação em relação a eles. Deve escutar a profundidade de si mesma o tempo todo, deve ver através das convencionalidades e manipulações, deve confiar em sua natureza e na natureza essencial ao seu redor e se ligar a ela sempre que puder, para, em um momento conseguir se religar a ela novamente e ter o poder de volta. Este poder é pessoal, global, natural, mágico, espiritual….
Reconhecer-se a mesma é a melhor forma de iniciar o conhecimento da toda a realidade e, por isso é o passaporte para a liberdade. Quando se consegue ser livre, se possui Poder, e o primeiro poder é o de discernir o que é de verdade, daquilo que tem sido imposto por vias externas, por manipulação.

Quanto mais próxima do natural, mais próxima do Sagrado. Quanto mais profundo ir em si mesmo, mais próxima estará do sagrado.

A mulher precisa recomunicar-se com seu corpo, ouvir o que ele precisa e dar a ele saúde e contentamento, com a religação com natureza, com o movimento feminino (da dança, do carinho, da união sagrada) Ela precisa se recomunicar com seu coração, seus desejos, sua intuição, e até mesmo com sua sombra, pois é de lá que vem o poder mais profundo (que está aprisionado, reprimido, não descoberto).  Deve reavaliar sua saúde psíquica, percebendo seus pensamentos, seu comportamento, seus sonhos, seus medos e tristezas.  Deve observar seus sonhos e visões (caso se abra para elas, e isso deve ser feito!).
O retorno do Sagrado Feminino é um movimento de redenção pois dá um fim a negação da verdade, dá fim a  desonra a natureza, ao corpo e à sexualidade, dá fim a expressão do Divino pela metade, que leva a nada.
Mas a reativação do Sagrado Feminino nos leva a responsabilidade individual e global porque se o Divino está também na vida manifesta devemos cuidar e respeitar a vida como um todo, seja do jeito que ela for.
O Divino, o sagrado está em todos nós, por isso depende de cada um de nós, do pensamento a aos atos, das escolhas, do aqui e do agora, dos relacionamentos. Mas ela se torna mais e mais presente ou, melhor, realizada no Amor, união divina, na compaixão, na confraternidade vividos pelo seres.

Whatsapp
Atendimento Online
Telefone Ligamos para Você Chat Whatsapp Siga-nos
Fechar
Receba uma Ligação
2ª á 6ª - 08 ás 00 hrs
Sábado - 10 ás 20 hrs
Preencha seu Telefone com DDD
Fechar
Focus Esoterismo utiliza cookies para entregar uma melhor experiência durante a navegação Saiba mais »